OMS alerta: Brasil ainda tem transmissão comunitária intensa

Entidade diz que a curva de contágios se estabilizou em um patamar muito alto no Brasil e que não há indícios de queda

Após o Brasil ultrapassar a marca das 100 mil mortes por coronavírus, o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, disse nesta segunda-feira, 10, que o país ainda tem transmissão comunitária contínua de covid-19. Isso significa que não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas por toda área geográfica.

Ryan também chamou atenção para a estabilização da curva de contágios em um patamar muito alto.”O Brasil está sustentando um nível muito alto de epidemia. A curva [de transmissão] achatou um pouco, mas não está diminuindo”, alertou Ryan.

Todas essas observações, segundo ele, são preocupantes em termos de controle da doença e pressão sobre os sistemas de saúde.

Michael Ryan alerta que transmissão de covid-19 não está diminuindo no Brasil
Créditos: Christopher Black/OMS
Michael Ryan alerta que transmissão de covid-19 não está diminuindo no Brasil

A entidade aponta que os governos precisam identificar e isolar os casos, rastreando com quem os doentes tiveram contato. E que os esforços precisam, principalmente, alcançar os mais pobres, que por falta de recursos, enfrentam mais dificuldades de manter as medidas de controle do vírus. “É muito difícil agir como uma comunidade se você não tem apoio”, afirmou.

Pelo menos 100.477 brasileiros já perderam a vida por causa do novo coronavírus. O país tem o segundo maior número de vítimas da covid-19 do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. São pouco mais de 3 milhões de casos confirmados da doença e cerca de 2 milhões de pessoas curadas.


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