Onde está a felicidade? Um guia prático para encontrá-la com base na ciência
Confira 5 dicas que, segundo estudiosos da felicidade, ajudam a trazer bem-estar para nossa vida
O que significa ser feliz, de fato? É uma pergunta antiga — e não há uma resposta única para todos. A felicidade é profundamente pessoal, e a jornada de cada um é diferente — o que importa é descobrir o que você precisa para encontrar a sua felicidade. E, para deixar claro desde já, conseguir o emprego dos sonhos, encontrar o amor ou ganhar na loteria não são a resposta para a felicidade.
Embora essas coisas possam trazer felicidade temporária, evidências sugerem que encontrar a alegria é mais profundo do que apenas conseguir o que você deseja em um determinado momento. A felicidade depende mais do que vem de dentro, não do que acontece do lado de fora.
Muitos estudiosos do tema garantem: A felicidade é algo que você precisa cultivar diariamente — e há uma série de ações que você pode tomar, grandes e pequenas, apoiadas pela ciência para encontrar a sua felicidade.
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Como encontrar a felicidade, de acordo com a ciência
1. Pratique o autocuidado
O autocuidado é muito mais do que uma simples momento de lazer. Trata-se de um compromisso com a própria saúde física, emocional e mental. Segundo especialistas, quando não nos colocamos como prioridade, a consequência pode ser o esgotamento físico e emocional, manifestado por sintomas como dores de cabeça, irritabilidade e até problemas mais sérios ligados ao estresse.
Diferente de egoísmo, o autocuidado promove uma relação mais saudável com você mesmo e com o mundo ao seu redor.
Sonja Lyubomirsky, especialista em felicidade e bem-estar e autora do livro “A Ciência da Felicidade”, destaca que o autocuidado pode assumir formas diferentes para cada pessoa, mas o que todas têm em comum é a necessidade de respeitar seus próprios limites e se recarregar emocionalmente.
Dicas e autocuidado:
- Descanse de verdade. Reserve um tempo só seu, sem culpas.
- Mexa o corpo com prazer. Não precisa ser academia ou treino pesado. Uma festa dançante improvisada em casa, uma caminhada ao ar livre já são formas de se reconectar com o corpo.
- Reconheça suas necessidades emocionais. Permita-se dizer “não” quando necessário, respeite seus limites.

2. Encontre serenidade na solitude
Vivemos em uma sociedade hiperconectada, onde o tempo sozinho muitas vezes é confundido com isolamento ou solidão negativa. Mas a verdade é que a solidão intencional não é apenas saudável — ela é essencial para o bem-estar emocional, mental e até espiritual.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia reforça essa ideia ao afirmar que a solidão é, na verdade, uma necessidade biológica. Segundo os pesquisadores, momentos de solitude apoiam o desenvolvimento da identidade, fortalecem a capacidade de intimidade com os outros e, surpreendentemente, promovem a felicidade.
Além de ajudar a organizar os pensamentos e reduzir o estresse, a prática regular de passar um tempo sozinho pode fortalecer a criatividade, aumentar a autoconsciência e o autoconhecimento
e melhorar o foco e a tomada de decisões.
3. Crie e respeite seus limites
Estar sempre disponível para os outros pode parecer uma virtude — e, muitas vezes, é assim que somos ensinados a agir. Mas quando o cuidado com os outros ultrapassa os próprios limites, a consequência é clara: exaustão, frustração e perda de identidade. Se você frequentemente se sente sobrecarregado, esgotado ou em segundo plano na própria vida, talvez seja hora de rever os seus hábitos e estabelecer limites mais saudáveis.
4. Valorize e cuide de suas conexões sociais
Embora reservar um tempo para si mesmo seja importante para o bem-estar, pessoas felizes encontram um equilíbrio entre a autoconexão e a conexão com os outros. Mais do que simples interações, os vínculos sociais são pilares fundamentais da saúde emocional, física e da verdadeira felicidade.
Um estudo de Harvard sobre a felicidade que acompanhou 2 mil pessoas de três gerações por 80 anos descobriu que o que está por trás do bem-estar são os bons relacionamentos.

Os pesquisadores não se referem apenas aos relacionamentos entre casais, mas também entre familiares, amigos, vizinhos e colegas. Até mesmo encontros casuais podem aumentar o bem-estar de forma sustentável.
Relacionamentos saudáveis oferecem suporte emocional, senso de pertencimento, autoestima e propósito. Eles também podem reduzir os riscos de doenças crônicas, depressão e ansiedade. Pessoas com fortes vínculos sociais tendem a viver mais, ser mais resilientes ao estresse e a se recuperar mais rapidamente de adversidades.
5. Movimente o corpo
Você já ouviu falar da famosa “euforia do corredor”? Esse termo descreve a sensação de bem-estar que muitas pessoas experimentam após se exercitar — e não é mito. Diversos estudos científicos confirmam a ligação direta entre atividade física e felicidade, mostrando que até dez minutos de exercício por semana já podem fazer diferença no seu humor.
A explicação para o bem-estar é que quando nos movimentamos, o corpo libera substâncias como endorfina, dopamina e serotonina — neurotransmissores ligados ao prazer, à recompensa e à redução do estresse. Eles ajudam a aliviar sintomas de ansiedade, melhorar o humor e até aumentar a autoestima. Exercícios físicos funcionam como um verdadeiro antidepressivo natural, promovendo não só saúde física, mas também bem-estar mental e emocional.