Os sintomas de um ataque de pânico; saiba reconhecer

Um ataque de pânico implica no surgimento súbito de medo ou desconforto intensos, acompanhados de sintomas físicos

O transtorno do pânico é uma condição de saúde mental que consiste em ataques de pânico inesperados e frequentes que não estão restritos a estímulos específicos ou situações.

Um ataque de pânico é uma onda repentina e medo avassalador que traz uma sensação de perda de controle, uma sensação de irrealidade, extrema ansiedade e medo da morte iminente.

Entre um ataque e outro, quem sofre da condição, muitas vezes, preocupa-se intensamente sobre quando o próximo ataque ocorrerá, e isso resulta em mais ansiedade.

Ataques de pânico geralmente duram alguns minutos e podem ocorrer frequentemente várias vezes durante o dia ou semanalmente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas são tanto físico, quanto psicológicos.

O ataque de pânico desperta uma variedade de sintomas que podem durar alguns minutos
Créditos: HayDmitriy/DepositPhotos
O ataque de pânico desperta uma variedade de sintomas que podem durar alguns minutos

Sinais e sintomas comuns de síndrome do pânico

Físicos

  •  frequência cardíaca acelerada
  • dores no peito
  •  dificuldade para respirar ou hiperventilação
  • sensação de “alfinetes e agulhas” nos dedos das mãos ou dos pés
  • dificuldades para engolir ou sensação de sufocamento
  • tremores, suores ou rubor
  • dormência
  • tontura ou vertigem
  • náuseas ou problemas digestivos

Psicológicos

  • uma sensação de que você está prestes a morrer ou perderá o controle de si mesmo
  • dificuldade de concentração ou de pensar com clareza
  • estar constantemente nervoso
  • sentir medo de que ocorra um novo ataque de pânico

Quando buscar ajuda?

Primeiramente, se você estiver tendo ataques de pânico frequentes, ou se esses ataques estiverem interferindo significativamente em sua vida diária, é essencial buscar ajuda.

Por exemplo, se os ataques estão prejudicando seu desempenho no trabalho, suas relações pessoais ou suas atividades cotidianas, procurar um profissional de saúde mental pode ser extremamente benéfico.

Além disso, se este for seu primeiro ataque de pânico e você não tiver certeza do que está acontecendo, buscar orientação médica pode ajudar a descartar outras condições de saúde que podem estar causando os sintomas.

Sintomas de um ataque de pânico, como dor no peito, falta de ar e tontura, podem se assemelhar a condições médicas graves, como ataques cardíacos.

Portanto, é prudente buscar avaliação médica para garantir que não haja uma condição grave.

Finalmente, mesmo que seus ataques de pânico sejam raros, mas você continua a se preocupar excessivamente sobre quando ocorrerá o próximo ataque, essa preocupação constante pode justificar a busca por ajuda.

Quais os tratamentos para ataque de pânico?

Os tratamentos para ataques de pânico são diversos e envolvem uma combinação de abordagens que visam tanto o alívio imediato dos sintomas quanto a prevenção a longo prazo.

É fundamental entender que o tratamento pode variar de acordo com a gravidade e a frequência dos ataques. 

Em primeiro lugar, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para tratar ataques de pânico.

A TCC ajuda os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento negativos que contribuem para os ataques de pânico.

Além disso, ensina técnicas de enfrentamento e de relaxamento que podem ser utilizadas durante um ataque.

Outra abordagem é a terapia de exposição, que envolve a exposição gradual e controlada às situações que desencadeiam os ataques de pânico.

Esta técnica ajuda a reduzir o medo associado a essas situações, diminuindo, assim, a frequência e a intensidade dos ataques.

Além das terapias tradicionais, práticas de mindfulness e meditação têm mostrado ser benéficas.

A prática regular de mindfulness pode ajudar os indivíduos a permanecerem ancorados no presente, reduzindo a ansiedade e o risco de ataques de pânico.

Meditação e técnicas de respiração profunda também podem ser úteis para acalmar a mente e o corpo.

Em alguns casos, os médicos podem optar pelo uso de medicamentos. Antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), e ansiolíticos, como os benzodiazepínicos, são frequentemente prescritos.

No entanto, é importante mencionar que, enquanto os benzodiazepínicos podem proporcionar alívio rápido dos sintomas, eles não são recomendados para uso a longo prazo devido ao risco de dependência.