Pesquisa faz novas descobertas sobre estágio inicial do Alzheimer

Estudo mostra que podem existir outros fatores causadores da doença, que não as placas amiloides

Um novo estudo publicado na Developmental Cell identificou um novo mecanismo potencialmente ligado aos estágios iniciais da da doença de Alzheimer.

Os pesquisadores demonstraram que um fragmento da proteína precursora de amiloide (APP), chamada APP-CTF, interrompe a comunicação entre compartimentos celulares.

Esses compartimentos são fundamentais para o armazenamento de cálcio e eliminação de resíduos, o que poderia ser um evento precoce que precede a morte celular neuronal.

Estas descobertas sugerem que a prevenção da acumulação de APP-CTF deve ser levada em conta para desenvolver tratamentos mais eficazes.

Isso muda o jogo, já que as alternativas de tratamento estudadas se concentram sobretudo na eliminação da amiloide, ignorando outros fragmentos que podem ser nocivos para o cérebro.

Novo estudo pode mudar os rumos de tratamento do Alzheimer
Créditos: sirichai/DepositPhotos
Novo estudo pode mudar os rumos de tratamento do Alzheimer

Virada de chave

Uma das características visíveis no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer é a formação de placas amiloides – aglomerados de peptídeos β-amiloide (Aβ), que são produtos da proteína precursora de amiloide (APP).

Esses fragmentos Aβ se acumulam nos neurônios no início da doença, mesmo antes de o declínio cognitivo ser observado.

A nova investigação, no entanto, sugere que pode até haver eventos anteriores no cérebro com a doença antes da formação da placa e que a proteína APP desempenha um papel nestas fases iniciais.

O mecanismo por trás disso permaneceu um mistério até agora.

O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta o cérebro, resultando em deterioração da memória, pensamento e comportamento.

É a forma mais comum de demência entre os idosos. Ela ocorre em decorrência da morte de células cerebrais e pela formação de placas e emaranhados de proteínas no cérebro.

Essas mudanças causam uma diminuição gradual nas funções cognitivas e habilidades de pensamento, afetando a memória, a linguagem, o raciocínio e o comportamento da pessoa. 

O Alzheimer geralmente se desenvolve lentamente ao longo do tempo e pode levar a sintomas graves, incluindo confusão, dificuldade de comunicação e perda de autonomia.

Embora não haja cura para a doença, existem tratamentos disponíveis para ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, as intervenções podem ajudar a retardar a progressão da doença. 

Quais os sintomas mais comuns de Alzheimer?

  • Perda de memória recente
  • Dificuldade em realizar tarefas familiares
  • Confusão e desorientação em relação ao tempo e lugar
  • Dificuldade em encontrar palavras adequadas
  • Alterações de humor e personalidade
  • Problemas de julgamento e tomada de decisão

O que fazer para evitar o Alzheimer?

Para evitar o Alzheimer, é fundamental adotar um estilo de vida saudável e implementar estratégias preventivas ao longo da vida. 

Primeiramente, é importante manter uma dieta equilibrada e nutritiva, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, enquanto se limita o consumo de alimentos processados, açúcares e gorduras saturadas.

Além disso, praticar exercícios regularmente é essencial. Desde caminhadas diárias até atividades aeróbicas, manter-se fisicamente ativo ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a saúde do cérebro.

Junto com uma alimentação saudável e exercícios físicos, manter a mente ativa é fundamental.

Estimular o cérebro com quebra-cabeças, jogos mentais, leitura e aprendizado contínuo são maneiras eficazes de promover a saúde cerebral.

Além disso, gerenciar o estresse é importante, pois o estresse crônico pode ter efeitos negativos no cérebro. 

A qualidade do sono também desempenha um papel significativo na prevenção do Alzheimer. Assim sendo, garantir um sono adequado e consistente todas as noites é fundamental para a saúde cerebral.

Monitorar e controlar a saúde mental, manter relacionamentos sociais significativos e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco são outras medidas importantes que podem ajudar a reduzir o risco de Alzheimer.

Por fim, é essencial realizar check-ups regulares com profissionais de saúde para monitorar a saúde geral e discutir o risco de Alzheimer, especialmente para aqueles com histórico familiar da doença.