SUS realiza primeira cirurgia para curar diabetes
Procedimento, que era realizado apenas na rede privada, passará a ser oferecido gratuitamente na rede pública de saúde do DF
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), do Distrito Federal, realizou na última terça-feira, 25, a primeira cirurgia metabólica para reverter o diabetes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, o procedimento era realizado de forma experimental apenas na rede privada.
A paciente que passou pelo procedimento não respondia ao tratamento clínico para a doença, segundo os médicos, e por isso a intervenção se apresentou como a única alternativa possível para reverter o quadro.
O procedimento é uma espécie de cirurgia bariátrica de redução do estômago e foi reconhecida, em 2017, pelo Conselho Federal de Medicina como uma terapia de cura do tipo 2 da doença. Com essa intervenção, é possível reduzir as taxas de glicose no organismo e ainda estimular a produção de substâncias que reduzem a resistência à insulina.
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Cirurgia metabólica

Na operação, considerada minimamente invasiva, o estômago é cortado em duas partes é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Assim, o alimento é desviado para mais próximo do final do intestino. Como consequência da intervenção, os pacientes acabam perdendo peso.
Nem todos os diabéticos têm indicação para a cirurgia. Ela é recomendada a pacientes que possuem diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2 e que não apresentam respostas ao tratamento clínico.
Outros critérios para a indicação da cirurgia metabólica são a idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos e ter menos de dez anos de diagnóstico de diabetes.
Diabetes tipo 2
A pessoa que sofre com diabetes tipo 2 tem uma produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, ou não consegue aproveitar de forma eficiente a quantidade de insulina produzida.
Esse tipo de diabetes está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Embora seja uma doença mais comum em pessoas acima dos 40 anos, o número de diagnósticos do tipo 2 vem crescendo entre indivíduos mais jovens.
Cegueira, infarto, insuficiência renal e amputações estão entre as complicações da doença.