Sócio do Giraffas tem opinião bizarra sobre home office e revolta web

O isolamento voluntário e a quarentena têm se mostrado como único meio para tentar achatar a curva de disseminação do covid-19. Com isso, quem pode está trabalhando home office. Mas muita gente acha que trabalhar remotamente é sinônimo de “tranquilidade”, e “ficar numa boa”, num “descanso forçado”.

Foi o que disse, o empresário Alexandre Guerra, sócio da rede de restaurantes Girraffas. No último domingo, 22, ele disseminou além do medo pelo que está por vir com a pandemia, o medo do desemprego  Num vídeo ele começa dizendo: “Qual é o custo do que estamos vivendo?“. E prossegue: “Você que é funcionário, que talvez esteja em casa numa boa, numa tranquilidade, curtindo um pouco esse home office, esse descanso forçado, você já seu deu conta que, ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego?“, questiona.

Segundo O Tempo, ao ser questionado por sua fala, Guerra esclarece que gravou o vídeo na semana passada e seu intuito era conscientizar sobre o coronavírus. Ele disse também que não é único sócio e nem o porta-voz da rede, portanto não se referia aos funcionários do Giraffas que “estão seguros e que a empresa tem condição de passar por isso tranquilamente” que tem outros sócios.

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A gravação foi feita na semana passada para Nação Empreendedora, uma rede de pequenos empreendedores. Alexandre esclarece que apenas compartilha sua “preocupação com o cenário econômico mundial“, afirma e acrescenta: “Eu me preocupo com mais de 250 empreendedores que fazem parte deste grupo e que eu oriento. Eles têm que estar atentos. A gente, de forma nenhuma, é contra as medidas restritivas. Foi outra coisa que às vezes foi mal interpretado“, explicou o sócio.

Apesar de não ser contra às medidas tomadas, o empresário preocupa-se com os negócios: “A gente só acha que as medidas restritivas do vírus estão sendo tomadas e a gente tem que seguir, mas a gente precisa ter medidas compensatórias. O custo para as pessoas vai ser enorme, gigantesco. Esse custo é humanitário também. Quando as pessoas perdem o emprego e o negócio, elas ficam doentes“, diz.

Assista ao vídeo completo:

A rede Giraffas conta com Alexandre Guerra, Leonardo Bortoletto e Eduardo Pires. Em 2018, Guerra foi candidato pelo Partido Novo para concorrer ao governo do Distrito Federal.

O coronavírus já matou milhares de pessoas no mundo todo. O número de mortos se aproxima da pandemia de H1N1. Só aqui no Brasil, 1891 já foram infectadas e 34 morreram num curto espaço de tempo. Apesar dos dados alarmantes, alguns empresários, não conseguem enxergar a real necessidade das medidas preventivas. Alguns estão dizendo que a pandemia é uma “gripezinha“. Confira:

Roberto Justus

O empresário deixou a web indignada com seu discurso absurdo feito no domingo, 22. Ele disse que vírus se trata de uma ‘gripezinha’, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirma que há uma ‘histeria desproporcional’ e que ‘apenas 10% a 15% dos velhinhos vão morrer’.

“Você vai ver a vida devastada da sociedade na hora do colapso econômico, dos pobres não terem o que comer, das empresas fecharem, desemprego em massa, não dá para comparar com um ‘virusinho’, que é uma ‘gripezinha’ para 90% das pessoas”, disse Justus.

Junior Durski, dono do Madero

O empresário Junior Durski, dono do restaurante Madero e outros restaurantes, postou um vídeo no Instagram, na segunda-feira, 23, criticando as medidas adotadas pelas autoridades brasileiras para combate ao coronavírus.

“O Brasil não pode parar dessa maneira, o Brasil não tem essa condição. As consequências serão muito maiores do que as pessoas que vão morrer por conta do coronavírus”, afirmou o Durski.

O que foi dito por Alexandre Guerra levou o termo “Giraffas” ao Trending Topics do Twitter. A fala de outros empresários brasileiros também repercutiu e alguns internautas falam até em boicote. Confira a repercussão:

https://twitter.com/hipocrisista/status/1242436788993634304

https://twitter.com/200rlct/status/1242424159302541312

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Coronavírus

O Covid-19 foi descoberto em dezembro de 2019, quando apareceram os primeiros casos na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. No início, muitos dos pacientes infectados tinham alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos da cidade chinesa. Mais tarde, um número crescente de pacientes que não tiveram exposição a mercados de animais também foram diagnosticados, indicando a disseminação de pessoa para pessoa. O novo coronavírus faz parte de uma ampla família de vírus que pode causar desde um resfriado comum até problemas respiratórios que levam à morte.

Coronavírus no Brasil

Nesta terça-feira, 24 os números de casos confirmados do novo coronavírus apontam 1891 pacientes com diagnóstico positivo para o Covid-19 e 34 mortes. O maior número de casos ainda se concentra no Sudeste, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro Espírito Santos e Minas Gerais. Em seguida, vem a região Sul. Também há casos no DF, Pernambuco e Alagoas.

Sintomas do novo coronavírus

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, com febre, tosse e dificuldade para respirar. O Covid-19 pode, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.

Prevenção

Os cuidados para reduzir o risco de contrair o coronavírus são básicos e incluem lavar as mãos frequentemente com água e sabão, usar desinfetante à base de álcool e evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

Veja outras dicas:

• -Ao tossir ou espirrar é recomendado cobrir a boca e nariz;
• -Não tocar mucosas de olhos, nariz e boca de outra pessoa;
• -Usar lenço descartável para higiene nasal;
• -Não compartilhar objetos de uso pessoal;
• -Manter o ambiente ventilado;
• -Ao viajar para locais com circulação do vírus tomar cuidado para não entrar em contato com pessoas doentes e animais vivos ou mortos.

 

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