STJ determina apuração de vazamento na operação Placebo

O governador do Rio, Wilson Witzel, e sua esposa foram alvos da ação

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves solicitou nesta quarta-feira, 27, ao Ministério Público Federal que apure o suposto vazamento de informações da operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal ontem.

Entre os alvos da ação que apura fraudes em contratos emergenciais de combate ao novo coronavírus está o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a primeira-dama, Helena Witzel.

O governador do Rio, Wilson Witzel, ao lado de Edmar Santos.
Créditos: Carlos Magno / Governo do estado
O governador do Rio, Wilson Witzel, ao lado de Edmar Santos.

Segundo o ministro, caso haja confirmação de vazamento da operação “seria necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições”.

As suspeitas de vazamento foram levantadas após a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) ter afirmado em entrevista à Rádio Gaúcha que seriam realizadas operações contra governadores por desvio de recursos em contratações relativas ao combate à covid-19.


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A fala da parlamentar ocorreu na véspera da ação da PF. Carla Zambelli nega ter tido acesso a qualquer informação privilegiada.

Agentes federais cumpriram na terça-feira, 26, dez mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, como o Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense e na casa onde Witzel morava, no Grajaú, zona norte do Rio.