Vacina começa a ser oferecida para conter surto de varíola do macaco

Para a OMS, a imunização massiva não é necessária, pelo menos ainda. Para a organização, boa higiene e hábitos sexuais seguros podem conter o surto

Na Europa, vacina contra varíola começa a ser oferecida para conter surto da chamada varíola do macaco. A Alemanha encomendou 40 mil doses do imunizante Imvanex. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina contra a varíola tem efetividade de 85% contra a varíola do macaco.

Vacina começa a ser oferecida para conter surto de varíola do macaco
Créditos: OMS/Nigeria Center for Disease Control
Vacina começa a ser oferecida para conter surto de varíola do macaco

A vacina encomendada pela Alemanha é produzida pela Bavarian Nordic e seu uso para a varíola do macaco é considerado off-label.

Nos Estados Unidos o mesmo imunizante é vendido sob o nome de Jynneos e teve o uso contra a varíola do macaco aprovado.

De acordo com o ministro da Saúde da Alemanha, Karl Lauterbach, medidas de isolamento de pelo menos 21 dias para pessoas infectadas seriam suficientes para conter o surto por enquanto. “Se as infecções se espalharem ainda mais, queremos estar preparados”, afirmou, nesta terça-feira, 24, ao se referir à estratégia de vacinar pessoas que tiveram contato com uma pessoa infectada.

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Ainda segundo o ministro da Saúde alemão, o surto de varíola pode ser contido. Ele não sinalizou o início de uma nova pandemia, acrescentando que a vacinação pode impedir que a doença se torne endêmica.

Além da Alemanha, a França começou a recomendar a vacinação para conter o surto. Nesta terça-feira, a autoridade de saúde do país disse que adultos do grupo de risco e trabalhadores da saúde que tiveram contato com pessoas que contraíram a varíola do macaco precisam tomar a vacina.

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No Reino Unido, desde a última semana, vacinas contra a varíola são oferecidas para profissionais da saúde que tiveram contato com pessoas que contraíram a doença.

Porém, apesar dos esforços europeus de vacinação, a OMS acredita que a vacinação em massa contra a doença não é necessária. Para a organização, medidas como boa higiene e hábitos sexuais seguros podem ajudar a controlar o surto no mundo.