Autoridades alertam para dois sintomas-chave da varíola dos macacos
De acordo com a OMS, já são pelo menos 80 casos confirmados em 11 países e outros 50 em investigação
A doença conhecida como varíola dos macacos já foi identificada, na última semana, em mais de 10 países, incluindo os Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Canadá. À medida que esse número só cresce, as autoridades de saúde pedem que as pessoas fiquem atentas aos sintomas-chave.
O epidemiologista e diretor regional de saúde pública de Londres, Kevin Fenton chamou atenção para dos sinais importantes.
“Neste momento, estamos pedindo a todos que estejam cientes dos sinais e sintomas que incluem erupções cutâneas ao redor da boca, bem como ao redor da área genital”, disse.
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Outros sintomas da doença incluem febre, dores de cabeça, inchaços, dores, calafrios e exaustão.
A erupção cutânea pode aparecer primeiramente no rosto e se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.
Casos aumentam rapidamente
O Reino Unido, que reportou os primeiros casos, descobriu mais 11 só nesta sexta-feira, 20.
Chama atenção já que a circulação do vírus que causa a doença é rara fora da África e, até então, o que se sabia era que ele não se espalhava tão facilmente.
Outro ponto que os especialistas tentam entender é a prevalência incomumente alta em homens gays e bissexuais.
“Estamos pedindo especialmente aos homens gays e bissexuais, entre os quais temos visto uma proporção crescente de casos, que fiquem atentos à varíola dos macacos”, disse Feton.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está trabalhando com os países que já identificaram casos e com outros para expandir a vigilância e fornecer orientações.
“Existem cerca de 80 casos confirmados e 50 investigações pendentes. Mais provável de ser relatado”, informou a agência de saúde da ONU.
O que é varíola dos macacos
O vírus da varíola dos macacos está relacionado ao vírus da varíola, uma doença que foi declarada erradicada em 1980.
Esse vírus foi isolado pela primeira vez na década de 70, na República Democrática do Congo, e aparecia esporadicamente na Europa e nos EUA, associado a viagens ao continente africano.
Porém, agora a maioria dos casos na Europa não tem ligação com viagens à África.
As autoridades de saúde têm pouca ideia da forma como as pessoas estão se contaminando, já que o vírus não se espalha tão facilmente.
As formas de transmissão conhecidas são por meio do contato próximo com as lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias de alguém infectado. Também pode ocorrer do contato direto com roupas de cama ou roupas de pessoas contaminadas.
Há a preocupação de que a doença possa estar se espalhando sem ser detectada e possivelmente por meio de uma nova via de transmissão.
Embora ainda se saiba pouco sobre o atual surto, as autoridades de saúde dizem que não há motivo para pânico.
“É importante enfatizar que a varíola não se espalha facilmente e o risco para as pessoas em geral é bastante baixo”, afirmou Nick Phin, vice-diretor do Serviço Nacional de Infecção do departamento de Saúde Pública do Reino Unido.