‘Nuvem de poeira Godzilla’ é tão prejudicial quanto coronavírus

Pessoas com doenças respiratórias podem sofrer com os males da poeira tanto quanto com a covid-19

24/06/2020 17:14

A notícia da chegada da ‘nuvem de poeira Godzilla’ rodou o mundo nesta quarta-feira, 24, e causou muito desespero e preocupação… Mas, afinal, quais os danos que ela pode causar para saúde humana?

A ‘nuvem de poeira Godzilla’, captada por satélites do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos)
A ‘nuvem de poeira Godzilla’, captada por satélites do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) - Reprodução/NOAA

A presença da nuvem cheia de partículas de ar seco e empoeirado pode causar danos à respiração das pessoas. E quem tem doenças respiratórias, como asma e rinite, sentirá a presença dela com mais agressividade.

Isso porque o ar tem aproximadamente 50% menos umidade do que a atmosfera tropical típica, o que pode afetar a pele e os pulmões, além de causar alergias e irritações nos olhos.

Segundo a BBC, os sinais deste fenômeno se agravam ainda mais se unidos à epidemia do novo coronavírus. Tanto é que as autoridades sanitárias de alguns países têm alertado sobre o risco extra da nuvem de poeira para pessoas com problemas respiratórios.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


No domingo, o departamento de Saúde de Porto Rico alertou que pessoas com asma, problemas respiratórios e alergias, assim como aqueles que foram contaminados com covid-19, deveriam tomar medidas extras de cautela e proteção.

O QUE É ESSA NUVEM, AFINAL?

Uma massa de ar seco que está carregada de partículas de areia se forma sobre o deserto do Saara no final da primavera, no verão e no começo do outono no Hemisfério Norte, todos os anos, e geralmente se desloca em direção ao Oeste sobre o Oceano Atlântico a cada três ou cinco dias.

Quando ocorre, costuma ser de curta duração, geralmente em torno de uma semana. Contudo, em 2020, surgiram  ventos suaves em certas épocas do ano que tornaram mais propenso o cruzamento da nuvem para o Atlântico.