Rio de Janeiro investiga morte de criança com suspeita de hepatite
A onda da doença foi reportada pela primeira vez no Reino Unido, em abril, e já foi confirmada em mais de 20 países
O estado do Rio de Janeiro investiga seis casos suspeitos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças, sendo que um deles resultou na morte de um bebê de oito meses.
De acordo com a Secretaria do Estado do Rio, a vítima era de Maricá, região metropolitana do Rio.
Os outros casos acompanhados pela vigilância sanitária fluminense são de três moradores da capital, um de Niterói e outro de Araruama. As idades variam entre 2 meses e 8 anos.
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A pasta emitiu um alerta aos 92 municípios do estado e destacou que as suspeitas precisam ser comunicadas e monitoradas.
Além desses casos, o Ministério da Saúde informou que também monitora três pacientes no Paraná com suspeita da doença. A confirmação depende do resultado de mais exames.
A hepatite aguda é uma inflamação no fígado que ocorre de forma rápida e abrupta. Em muitos casos, pode ser necessário um transplante do órgão, como tem acontecido.
Surto em mais de 20 países
Os casos de hepatite de origem misteriosa começaram no Reino Unido, em abril, e logo se espalharam para mais de 20 países.
Até 1º de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizava 228 confirmações de hepatite pediátrica de origem desconhecida e mais de 50 casos em investigação. Esses números, no entanto, já aumentaram nesta semana, conforme os países foram anunciando mais confirmações.
Já houve pelo menos quatro mortes confirmadas – uma relatada pelas autoridades britânicas e três pela Indonésia. Os Estados Unidos também investigam óbitos.
Sintomas de hepatite
Os sintomas observados incluem fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras e dores nas articulações.
Outro sinal importante da doença é a icterícia – quando a pele e o branco dos olhos ficam amarelos.
O que está causando o surto?
A hepatite aguda em crianças previamente saudáveis é rara e o que chama atenção é que os vírus típicos que causam a doença não foram detectados em nenhum caso.
A hipótese mais forte até agora é que os casos possam estar ligados ao adenovírus do tipo 41, comumente associados a resfriados, mas que também podem causar pneumonia, diarreia e conjuntivite.
Esse vírus, segundo a OMS, foi detectado em pelo menos 74 crianças com a doença.
Embora esse adenovírus já tenha sido associado à hepatite em crianças com sistema imunológico enfraquecido, ele não é conhecido por ser uma causa de hepatite em crianças saudáveis, o que vem acontecendo.
Outras teorias ainda estão sendo levantadas e estudadas (veja algumas aqui). Os pesquisadores ainda devem levar um tempo até chegar à real razão do surto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a situação como uma questão “muito urgente” e disse que está dando “prioridade absoluta” a isso.