Rio decreta situação de emergência e pede que população não vá à praia
Decreto pede que a população deixe de frequentar praias e piscinas
O Rio de Janeiro decretou situação de emergência para tentar conter o avanço do novo coronavírus no estado. A medida, assinada pelo governador Wilson Witzel, foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira, 17.
A medida vai permitir contratações sem licitação na área da Saúde para ajudar no enfrentamento da pandemia.
O decreto traz recomendações específicas em relação ao fechamento de estabelecimentos como creches, academias, clubes e shopping centers.
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Ficam suspensos por 15 dias os eventos e atividades com a presença de público, inclusive feiras e reuniões em salões de festa; atividades em cinema e teatro; visita nas unidades prisionais; visita a pacientes internados nas redes pública e privada diagnosticados com Covid-19,
Também foram suspensas as aulas nas redes pública e privada, inclusive de nível superior, com a devida regulamentação em 48 horas pelos secretários de Educação e de Ciência e Tecnologia.
Shoppings, bares e restaurantes
O decreto recomenda a restrição por 15 dias do funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres a 30% da capacidade, mantendo o serviço de entrega e de retirada.
Os bares e restaurantes que ficam no interior de hotéis e pousadas devem atender apenas os hóspedes, Já as academias e centros de ginástica devem ser fechados, assim como os shoppings centers.
Os estabelecimentos de alimentação dos shoppings podem funcionar, mas devem reduzir em 30% o horário de atendimento.
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Estão excluídos das recomendações os supermercados, farmácias e serviços de saúde que funcionam dentro dos shoppings.
Praias
O decreto pede, ainda como recomendação, que a população deixe de frequentar praias, lagoas, rios e piscinas públicas e que seja restrita a operação aeroportuária e a atracação de navios de cruzeiro com origem em estados ou países onde há confirmação de coronavírus.
O governador Wilson Witzel foi enfático ao pedir a colaboração da população e disse que o Rio de Janeiro pode viver o mesmo drama que a Itália, onde a letalidade do coronavírus já supera 7% dos casos, com quase 2 mil mortos.
“Não desafie a doença. Quem desafiou está chorando os seus mortos. Faço um apelo aos empresários. Se nada for feito, em três semanas, teremos mais de 24 mil pessoas contaminadas”, disse.
Casos de Covid-19
O Rio de Janeiro tem 31 casos confirmados do novo coronavírus –29 na capital, 1 em Niterói e 1 em Barra Mansa. Outros 96 pacientes são suspeitos e 153 casos foram descartados. No Brasil, são 234 casos confirmados.