Vacina do Butantan recebe autorização para iniciar fase 3 de testes
Autorização era o último requisito necessário para início dos testes com 9 mil voluntários no Brasil
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em seu perfil no Twitter, nesta quinta-feira, que a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizou o início da fase 3 de testes clínicos com a vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
Dessa forma, será mantida a data de início dos testes já anunciada anteriormente para o dia 20 deste mês. Ao todo, 9 mil voluntários serão recrutados para participar do ensaio, que irá comprovar ou não a segurança e a eficácia da vacina contra o novo coronavírus. As inscrições deverão ser feitas por meio de um aplicativo, com previsão de lançamento na segunda-feira, 13.
O diretor do Butantã, Dimas Covas, à frente do estudo com a Coronavac diz que a vacina é considerada uma das mais promissoras do mundo.
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Em entrevista à rádio CBN na terça-feira, 7, Covas disse estar otimista para disponibilizar o imunizante no Brasil ainda no fim deste ano ou no início de 2021. Segundo ele, nos estudos preliminares, mais de 90% dos participantes desenvolveram anticorpos desejados.
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Como serão os testes com a vacina Coronavac?
Os testes serão realizados em voluntários de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal. Apenas profissionais da saúde de rede pública ou privada que atuam no atendimento de pacientes com coronavírus poderão participar.
Os voluntários não poderão ter doenças instáveis [que afetem a resposta imune], distúrbios de coagulação e, as mulheres não poderão estar grávidas. Eles também não poderão ter tido a covid-19 anteriormente.
Metade dos participantes irá receber a vacina. A outra metade, um placebo, uma substância sem efeito algum. Ninguém saberá de que grupo faz parte. Com o teste, espera-se ser possível verificar se existe um estímulo à produção de anticorpos para proteção contra o vírus.
Teste parecido é feito com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em São Paulo e no Rio de Janeiro.