Chefe da pesquisa de Oxford se diz otimista para vacina até o fim do ano

Pesquisadora está à frente do estudo com a vacina mais avançada do mundo, segundo a OMS

29/06/2020 10:44

A imunologista brasileira Daniela Ferreira, que lidera o estudo com a vacina de Oxford na Escola de Medicina Tropical de Liverpool, se diz otimista com relação à pesquisa e afirma esperar até mais de uma vacina contra o coronavírus ainda para este ano.

“As pessoas falam que nem devemos usar a palavra esperança como cientista, mas eu tenho esperança e eu, como cientista, acho que vamos ter uma vacina antes do final do ano. Acho que mais de uma, na verdade”, disse a pesquisadora  especialista em infecções respiratórias em entrevista ao Fantástico.

Daniela Ferreira chefia equipe de pesquisas sobre vacina em Oxford e se diz otimista
Daniela Ferreira chefia equipe de pesquisas sobre vacina em Oxford e se diz otimista - reprodução/TV Globo

Daniela está à frente da pesquisa com a vacina que é considerada a mais avançada do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a mesma que começou a ser testada em voluntários no Brasil.

O imunizante está na fase 3 da testagem em humanos, onde milhares de participantes são recrutados. Essa é a última etapa antes da vacina ser liberada para a distribuição.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


Acordo para produção no Brasil

No fim de semana, o Ministério da Saúde anunciou um acordo com a Universidade de Oxford para produzir 30,4 milhões de doses de vacina contra covid-19 no Brasil.

O primeiro lote deve ser produzido em dezembro e o segundo em janeiro pela Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O investimento, segundo a pasta, será de US$ 127 milhões.

Caso a eficácia da vacina seja comprovada, o país poderá produzir até 100 milhões de doses, número, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, seria capaz de imunizar todos os idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, indígenas, pessoas em privação de liberdade, adultos e adolescentes em medida socioeducativa, profissionais de segurança pública e motoristas de transporte público.