Estudo associa hidroxicloroquina a piora e morte por covid-19
Cientistas dizem que remédio não é um tratamento eficaz para pacientes hospitalizados com coronavírus
Um estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, associou o uso da hidroxicloroquina ao agravamento do quadro e morte de 1,5 mil pacientes internados com a covid-19. O estudo preliminar do estudo foi publicado nesta quinta-feira, 16.
Segundo os cientistas, em pacientes hospitalizados, a hidroxicloroquina não foi associada a reduções na mortalidade, mas foi associada a um aumento do tempo de internação e aumento do risco de progredir para ventilação mecânica invasiva ou morte.
Esse estudo fazia parte do conjunto de ensaios clínicos intitulado “Recovery”, que avalia vários remédios, como Dexametasona e Azitromicina, em 11 mil pacientes com covid-19 no Reino Unido.
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O ensaio com a hidroxicloroquina já havia sido suspenso no mês passado depois que os autores perceberam que não havia benefício algum no uso da medicação em pacientes internados com a covid-19.
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Hidroxicloroquina no Brasil
Mesmo sem nenhuma prova robusta sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina, as drogas são defendidas no Brasil pelo presidente Jair Bolsonaro, que faz uso e propaganda de medicação.
Após ter o diagnóstico de covid-19 confirmado, Bolsonaro disse que passou a sentir melhor poucas horas depois de usar a medicação e apareceu em suas lives tomando o medicamento.
No início deste mês, este mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu definitivamente o maior estudo sobre a droga.