Estudo descobre atividade que tem efeito semelhante a antidepressivo
Além de fazer bem para a saúde física, a atividade também melhora consideravelmente a saúde mental
O exercício regular pode ter um impacto positivo profundo na sua saúde mental. E agora um estudo recente concluiu que atividade de correr tem efeitos sobre a depressão e a ansiedade semelhantes aos antidepressivos.
A conclusão é de trabalho científico apresentado no Congresso do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia (ECNP) de outubro de 2023, em Barcelona.
Os pesquisadores concluíram que um programa de exercícios também levou a resultados físicos mais favoráveis.
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Os efeitos sobre os resultados de saúde mental foram comparáveis aos do grupo que usou antidepressivos.
Os cientistas enfatizam que um programa de exercícios pode não substituir os medicamentos, mas sim funcionam como uma opção de tratamento adicional.
Comparação entre corrida e medicação para depressão
Para a pesquisa, os cientistas acompanharam 141 pessoas com depressão, ansiedade ou ambas.
Os participantes puderam escolher se queriam seguir o tratamento apenas com medicação (e sem corrida) ou com terapia de corrida (e sem medicação).
Ao longo de 16 semanas, 45 pessoas recebera um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, ou ISRS , e 96 seguiram um programa de corrida.
Os participantes do grupo de medicamentos receberam escitalopram (Lexapro e Cipralex) na dosagem inicial de 10 miligramas (mg) por dia.
O gerenciamento da medicação foi fornecido por um psiquiatra que poderia decidir se a dosagem precisava ser aumentada.
A terapia de corrida consistiu em sessões supervisionadas de corrida ao ar livre de 45 minutos, com meta de duas a três sessões por semana.
Resultados semelhantes para saúde mental, mas não física
No final do ensaio, cerca de 44% de cada grupo apresentaram remissão dos sintomas de depressão e ansiedade. Mas os autores observaram que os sintomas ainda eram “consideráveis”.
No que diz respeito à saúde física, porém, as mudanças foram mais favoráveis entre os corredores, que observaram diminuição da frequência cardíaca, pressão arterial e circunferência da cintura e aumento da função pulmonar.
Por outro lado, o grupo do antidepressivo apresentou sinais de declínio físico, com aumento de peso, pressão arterial e triglicerídeos.
A equipe de pesquisa destacou que o exercício aborda diretamente o estilo de vida sedentário frequentemente encontrado em pacientes com transtornos depressivos e de ansiedade, incentivando as pessoas a sair de casa.
Seguir um programa de exercícios, entretanto, pode ser um desafio.
Apenas 52% no grupo de corrida aderiram ao protocolo, enquanto 82% no grupo de medicamentos conseguiram manter o seu regime de medicação.
Como destacaram os autores, é mais difícil mudar o comportamento de alguém do que fazê-lo tomar um medicamento.