Estudo descobre que 5% dos moradores de São Paulo têm anticorpos contra coronavírus
Esse tipo de levantamento ajuda a identificar quão próxima está a população da chamada imunidade coletiva
Um mapeamento inédito feito em São Paulo descobriu que 5,19% dos moradores de seis bairros mais sensíveis à covid-19 desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus. O estudo foi comandado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com a participação do Ibope Inteligência. O resultado da pesquisa foi divulgado no jornal O Estado de S. Paulo.
A pesquisa entrevistou e coletou sangue dos moradores de três localidades com maior número de casos confirmados (Morumbi, Bela Vista e Jardim Paulista) e também dos três com mais óbitos (Pari, Belém e Água Rasa).
Ao todo, 520 pessoas maiores de 18 anos participaram, sendo submetidas a exames sorológicos, os chamados testes rápidos. Desse total, 27 apresentaram anticorpos, o que indica que elas já tiveram contato com o vírus anteriormente.
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Imunidade coletiva
Esse tipo de estudo com testes sorológicos ajuda a indicar se a população está próxima do que os infectologistas chamam de “imunidade de rebanho”, que funciona mais ou menos como uma vacina natural. Ou seja, quando a maioria das pessoas já foram infectadas, diminui-se os caminhos que permitem o vírus circular, contendo o aumento do número de pessoas infectadas.
Ainda não se sabe ao certo qual é o porcentual de habitantes que precisam desenvolver anticorpos até que se atinja a imunidade de rebanho. Mas acreditam que em torno de 70% a 90%, no caso do novo coronavírus.
A próxima fase da pesquisa vai começar no dia 10 de junho e irá colher informações de toda capital paulista – hoje, epicentro da covid-19 no Brasil. Com esse novo mapeamento, será possível determinar com mais clareza a velocidade do vírus na cidade.