OMS alerta que América Latina ainda não atingiu o pico da covid-19
Entidade adianta que o pior ainda não passou na região e que as próximas semanas ainda serão de aumento de casos e mortes
Em coletiva de imprensa online nesta quarta-feira, 24, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o pico de contaminações pela covid-19 não foi alcançado ainda na América Latina e que, portanto, não é recomendável reduzir as medidas de saúde pública. A declaração foi feita por Michael Ryan, diretor de operações de emergência da entidade.
Ryan disse, no entanto, que picos são difíceis de prever, mas a altura e a duração deles depende das ações tanto dos governos, quanto da sociedade.
“O vírus não age sozinho, o vírus explora uma vigilância fraca. O vírus explora os sistemas de saúde fracos. O vírus explora a má governança. O vírus explora falta de educação, falta de empoderamento das comunidades”, disse.
Ele também adiantou que as próximas semanas ainda terão um número sustentado de casos e mortes contínuas, por conta da “transmissão comunitária intensa”, e que quarentenas mais rígidas poderão voltar à região. Em alguns lugares, segundo ele, poderá ser necessária a decretação de lockdown.
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“Destaco aos governos nas Américas que deve haver uma comunicação muito clara com cidadãos sobre as medidas a serem tomadas. É importante que haja um investimento sustentado no sistema de saúde pública. A única forma de evitar o vírus é fazer um investimento muito forte para identificar os contatos, isolar, testar, tratar e rastrear os contatos de cada caso”, afirmou Ryan.
Casos no Brasil
Atualmente, o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos do novo coronavírus, atrás apenas dos EUA.
Nesta última terça-feira, 23, o levantamento do consórcio da imprensa apresentou divergência com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os números dos veículos de comunicação mostram que houve 5.573 novos casos a mais e 126 novos óbitos a mais que os disponibilizados pelo Governo.
Veja abaixo o número de casos no Brasil até 23 de junho: