Sintomas do adenovírus, possível causa do surto de hepatite
A maioria dos casos envolve crianças e adolescentes entre um mês e 16 anos. Uma morte já foi confirmada
Já passam de 200 casos de hepatite aguda infantil em mais de 20 países, a maioria na Europa. Do total, 17 crianças necessitaram de transplante de fígado e houve o registro de uma morte. Apesar de a causa ser desconhecida, a principal hipótese levantada é que a doença possa estar sendo desencadeada por uma nova cepa do adenovírus, um vírus do resfriado comum.
Dados da agência de saúde do Reino Unido mostram 75% dos casos de hepatite testados no país apresentaram infecção por adenovírus do tipo 41F.
Embora essa seja provável causa, isso ainda não explicaria a gravidade dos quadros clínicos observados até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A infecção por adenovírus tipo 41 não foi anteriormente ligada a tal apresentação clínica”, explicou a agência de saúde da ONU.
Sintomas além do resfriado
É comum que os adenovírus se instalem nas vias respiratórias, causando resfriados, bronquite e até pneumonia. Mas eles também podem alcançar o aparelho digestivo e provocar sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos.
Os adenovírus também são agentes causadores de conjuntivite viral, que é altamente contagiosa.
Transmissão
Os Adenovírus são transmitidos principalmente através do contato direto com gotículas infectadas do trato respiratório, eliminadas na tosse ou espirro. Assim como no caso do coronavírus, esse tipo de transmissão é facilitado em lugares fechados e com aglomerações de pessoas.
A transmissão também acontece por contato com objetos contaminadas por estas secreções. É importante destacar que os adenovírus são extremamente resistentes no meio ambiente e podem sobreviver por muitas horas em superfícies.
Outra forma de transmissão é através da ingestão de alimentos ou água contaminados e contato com a secreção ocular em casos de conjuntivite causada pelo vírus.
De acordo com o Hospital Infantil Sabará, os sintomas das infecções respiratórias causadas por esse tipo de vírus podem se desenvolver de 2 a 14 dias após a exposição. Já os sintomas das infecções do trato intestinal costumam se desenvolver entre 3 e 10 dias após a exposição.
A prevenção é parecida com os cuidados contra o coronavírus. Entre todos, o mais importante é lavar as mãos com água corrente e sabão antes das refeições, depois de usar o banheiro ou tocar objetos de uso coletivo.
Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel, ao tossir ou espirrar, é outro hábito que ajuda a evitar o contágio.