SP identifica conjuntivite associada à varíola dos macacos

Material microbiológico coletado dos olhos apontou para a doença, que foi confirmada por teste RT-PCR

O H.Olhos, referência em oftalmologia na capital paulista, identificou um caso de conjuntivite associado à varíola dos macacos (monkeypox). A confirmação da doença foi feita a partir de exame de coleta ocular.

De acordo com o hospital, o paciente inicialmente apresentou lesões na pele, dores no corpo e de cabeça. Quatro dias depois desses primeiros sintomas, ele começou a apresentar também irritação ocular e lacrimejamento, quadro semelhante a uma conjuntivite.

Hospital identifica um caso de conjuntivite associado à varíola dos macacos
Créditos: ALIOUI Mohammed Elamine/istock
Hospital identifica um caso de conjuntivite associado à varíola dos macacos

O paciente, então, foi encaminhado para coleta de material microbiológico dos olhos. Em pouco tempo, a confirmação do diagnóstico oftalmológico foi feita. O  resultado RT-PCR também deu positivo para monkeypox.

Além de isolamento em casa por 21 dias, com tratamento apenas sintomático, o paciente precisou realizar cuidados com os olhos, colírio antibiótico, compressa e lubrificante ocular.

O caso reforça a necessidade dos oftalmologistas considerarem a varíola dos macacos como parte do diagnóstico diferencial em pacientes com manifestações oftalmológicas como conjuntivite, por exemplo.

Outros sintomas da varíola dos macacos

De acordo com o levantamento do ministério, entre os brasileiros, o sintoma mais comum é a febre, seguido de adenomegalia (gânglios inchados) e dores (muscular e cefaleia).

Além disso, é importante se atentar a outra característica padrão da doença, que é o aparecimento de erupções cutâneas. Elas geralmente acontecem após os primeiros sintomas e podem se apresentar em uma única região do corpo, muitas vezes, perto do órgão genital ou do ânus.

Algumas pessoas desenvolvem apenas as erupções, sem apresentar qualquer sintoma anterior.

A transmissão do vírus monkeypox ocorre principalmente a partir do contato pele a pele, quando a pessoa doente tem erupções ativas.