Anvisa pede distanciamento e uso de máscara contra varíola do macaco

Agência de saúde disse estar vigilante à possibilidade do vírus entrar no país

25/05/2022 11:21

Diante do surto de varíola de macaco em diferentes países, a Anvisa emitiu nota reforçando a necessidade de medidas “não farmacológicas”, como distanciamento físico, uso de máscara de proteção e higienização frequente das mãos, em aeroportos e aeronaves, para adiar a chegada do vírus no Brasil.

Essas medidas, segundo a agência de saúde, protegem o indivíduo e a coletividade essa doença e tanta outras.

Anvisa recomenda a adoção medidas de proteção em aeroportos para adiar a chegada da varíola dos macacos ao Brasil
Anvisa recomenda a adoção medidas de proteção em aeroportos para adiar a chegada da varíola dos macacos ao Brasil - Fernando Frazão/Agência Brasil

“A Anvisa mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias oportunamente, caso seja necessário à proteção da saúde da população”, diz a nota.

Varíola do macaco

A varíola do macaco era uma doença mais comum na África, porém tem se espalhado para outros continentes, especialmente a Europa.

Desde o início de maio, segundo a última atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS), já foram registrados 131 casos da infecção e 106 outros casos suspeitos.

Varíola do macaco se espalha pelo contato próximo com uma pessoa contaminada
Varíola do macaco se espalha pelo contato próximo com uma pessoa contaminada - reprodução/CDC

A doença se espalha principalmente por contato próximo. O vírus pode ser transmitido através do contato com lesões na pele, característica da varíola do macaco, ou gotículas respiratórias e fluidos de uma pessoa infectada.

Sintomas da varíola do macaco

A varíola do macaco geralmente não é fatal e a maioria das pessoas se recupera em poucas semanas. A infecção se manifesta por meio de febre, dores musculares, inchaço nos gânglios linfáticos, exaustão e erupções cutâneas (bolhas) que podem se espalhar pelo corpo todo, principalmente no rosto e mãos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação do vírus (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da varíola do macaco é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

Os casos graves ocorrem mais comumente entre crianças e estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, estado de saúde do paciente e natureza das complicações.

As complicações da varíola do macaco podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.

Embora não exista vacina para varíola dos macacos, o Reino Unido está utilizando vacina contra a varíola, doença que foi erradicada em 1980, a profissionais de saúde e outros que possam ter sido expostos ao vírus.