Casos de varíola dos macacos já passam dos 50 mil, segundo OMS
Alguns países, no entanto, têm conseguido controlar a curva ascendente de infecções, o que indica que o surto pode ser interrompido, segundo Tedros Adhanom
Os casos de varíola dos macacos (monkeypox) já ultrapassam 50 mil em todo o mundo no atual surto, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado na quarta-feira, 31.
O painel da agência de saúde aponta para 50.496 notificações da doença e 16 mortes de pacientes com o diagnóstico da doença confirmado.
Apesar do número alto, a curva ascendente da doença, que durou quase um mês, começou a cair há uma semana. Isso indica, segundo o chefe da OMS, Tedros Adhanom, que o surto pode ser interrompido.
“Nas Américas, que respondem por mais da metade dos casos relatados, vários países continuam a ver um número crescente de infecções, embora seja encorajador ver uma tendência de queda sustentada no Canadá”, disse ele em coletiva de imprensa.
“Alguns países europeus, incluindo Alemanha e Holanda, também estão vendo uma clara desaceleração do surto, demonstrando a eficácia das intervenções de saúde pública e o envolvimento da comunidade para rastrear infecções e prevenir a transmissão.”
O surto atual da varíola dos macacos iniciou-se em maio. No dia 24 de julho, a OMS atribuiu o nível mais alto de alarme para a doença, classificando a doença como uma emergência de saúde pública de importância internacional.
Transmissão da varíola dos macacos
O que se sabe até agora é que o vírus monkeypox é transmitido por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Ainda não está claro se macaco pode ser transmitida por via sexual, mas a maioria das transmissões acontecem durante o contato sexual pele a pele.
O período de incubação do vírus (momento da exposição até o surgimento dos primeiros sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Sintomas
Os primeiros sinais da doença podem aparecer de cinco a 21 dias após a infecção.
Geralmente, a doença começa com sintomas semelhantes aos da gripe, como dores musculares, de cabeça e calafrios, além de inchaço dos gânglios linfáticos. Depois, a infecção progride e começa a aparecer erupção cutânea que se espalha para o rosto e o corpo.