Fiocruz diz que vacina pode estar pronta para distribuição em dezembro
Primeiro lote da vacina, que já está sendo testada em voluntários no Brasil, terá 15 milhões de doses
A vacina de Oxford, a mais avançada do mundo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode começar a ser distribuída para a população a partir de dezembro deste ano. Essa é a previsão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que irá coordenar a produção no Brasil.
“A expectativa é que, até o fim do ano, os resultados positivos possam chegar, e a gente possa começar a pensar em registrar a vacina para produzir e entregar para a população”, disse o diretor da Fiocruz, Maurício Zuma, em entrevista a TV Globo.
A previsão é de um primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, pronto dezembro de 2020 e outro lote, com as 15,2 milhões de doses restantes, para janeiro de 2021.
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Após essa produção, ainda seriam necessárias etapas de registro e validação, antes de uma possível distribuição, que irá priorizar profissionais da saúde e pessoas dos grupos de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas.
Ao término dos ensaios clínicos, se de fato, a vacina se mostrar eficiente e segura, começará uma segunda etapa, com a produção de mais 70 milhões de doses.
Acordo para a produção
Isso será possível graças a um acordo entre o Ministério da Saúde e um laboratório, que prevê a compra de insumos e transferência de tecnologia de Oxford para a Fiocruz. Trata-se de uma encomenda tecnológica em que a instituição adquire o produto antes do término dos ensaios clínicos.
A ideia é posteriormente o Brasil dominar essa produção e se encarregar de todas as etapas de produção, sem depender do recebimento dos insumos vindos de fora.
Vacina está em teste no Brasil
A vacina de Oxford, que será produzida pela Fiocruz, está na fase 3 dos ensaios clínicos, que é a última etapa de testes em seres humanos para determinar sua segurança e eficácia. Estudos preliminares das fases 1 e 2 demostraram que ela apresenta respostas imunológicas promissoras.
Aqui No Brasil, ela está sendo testada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na primeira cidade, 2 mil participantes estão sendo recrutados pela Unifesp; e no Rio de Janeiro, mais mil voluntários estão sendo selecionados pelo Instituto D’Or.
O estudo deve ser ampliado no Brasil para 5 mil participantes. Há uma expectativa de que já hajam resultados preliminares dessa fase em outubro ou novembro deste ano.