Brasil tem 1.369 casos de varíola do macaco em 16 estados
País foi o primeiro fora da África a registrar morte em decorrência da doença
O número de casos de varíola do macaco no Brasil subiu para 1.369, segundo o balanço atualizado do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira, 1º. O estado de São Paulo concentra a maioria das notificações, são 1.031, no total.
Ainda há casos em Minas Gerais (63), Distrito Federal (20), Paraná (21), Goiás (18), Bahia (11), Ceará (4), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (7), Tocantins (1) , Acre (1), Amazonas (1), Rio Grande do Sul (6), Mato Grosso do Sul (5), Amazonas (1), e Santa Catarina (7).
A prevalência da doença, segundo o cenário epidemiológico atual, é em homens com média de idados. e de 33 an
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No país, a situação já é tratada como um surto, que é o primeiro estágio da evolução de contágio, antes de epidemia e pandemia.
Para aumentar o nível de alerta e de vigilância, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operação de Emergências, com o objetivo de elaborar um Plano de Contingência da doença para o SUS.
Na semana passada, houve a notificação da primeira morte em decorrência da doença no país. O paciente, de 41 anos, era imunossuprimido, com outras comorbidades relevantes e histórico de tratamento quimioterápico.
A causa do óbito foi apontada como choque séptico, agravada pela infecção pelo vírus Monkeypox.
Como ocorre transmissão?
O surto atual é preocupante porque não é típico de surtos anteriores. Estudos estão em andamento para entender melhor a epidemiologia, fontes de infecção e padrões de transmissão. Ainda não está claro, por exemplo, se a varíola do macaco pode ser transmitida por via sexual. Estudos são necessários para entender melhor esse risco.
Mas o que se sabe até agora é que o vírus da doença é transmitido por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
O período de incubação do vírus (momento da exposição até o surgimento dos primeiros sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Sintomas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) observou que a grande maioria dos casos tem apresentado erupção cutânea, além de febre, fadiga, dores musculares, vômitos, diarreia, calafrios, dor de garganta ou dor de cabeça.
Mas o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, chama atenção para uma apresentação diferente da doença nos casos recentes.
Antes essas lesões apareciam de forma espalhada pelo corpo e em grande quantidade, agora isso não tem acontecido em todos os casos. Em vez disso, algumas pessoas diagnosticadas com varíola do macaco estão apresentando uma única mancha ou bolha.
Outros pacientes desenvolvem uma erupção cutânea localizada, muitas vezes ao redor dos órgãos genitais ou do ânus, antes de apresentarem quaisquer sintomas semelhantes aos da gripe. “E alguns nem desenvolveram esses sintomas semelhantes aos da gripe”, disse a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walensky, disse em um comunicado à imprensa.
Ainda segundo o CDC, muitos também não apresentaram linfonodos inchados, que é um sintoma padrão da varíola do macaco.
Recém-nascidos, crianças, mulheres grávidas e pessoas com deficiências imunológicas podem estar em risco de sintomas mais graves e, em casos raros, de morte.