Casos de monkeypox no Brasil aumentam em mais 190%, segundo OMS
O maior aumento de casos semanal foi registrado no país, segundo a agência de saúde da ONU
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a situação da varíola do macaco (monkeypox) no Brasil que teve uma alta de 190,7% no número de casos.
Segundo o relatório da agência de saúde, de 22 de julho a 7 de agosto, o país viu os diagnósticos da doença saltarem de 592 para 1.721. O país também registrou o maior aumento semanal de casos no mundo, de acordo com a OMS.
“Nos últimos 7 dias, 42 países relataram um aumento no número semanal de casos, com o maior aumento registrado no Brasil. Há 14 países que não notificam novos casos há mais de 21 dias, período máximo de incubação da doença”.
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
- Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?
- Atletas de final de semana: 5 principais fatores que podem levar à artrose do joelho
- Carnes processadas elevam risco de hipertensão, mostra estudo brasileiro
No mundo todo, são 27.814 casos da doença. Ainda de acordo com a OMS 89 países registraram casos e 11 mortes, incluindo uma no Brasil, foram relatadas.
Como ocorre transmissão?
O surto atual é preocupante porque não é típico de surtos anteriores. Estudos estão em andamento para entender melhor a epidemiologia, fontes de infecção e padrões de transmissão. Ainda não está claro, por exemplo, se a varíola do macaco pode ser transmitida por via sexual. Estudos são necessários para entender melhor esse risco.
Mas o que se sabe até agora é que o vírus da doença é transmitido por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
O período de incubação do vírus (momento da exposição até o surgimento dos primeiros sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Sintomas
Os sintomas da varíola do macaco incluem linfonodos inchados, febre e erupção cutânea que pode inicialmente ser confundida com doença sexualmente transmissível se estiver na região genital ou anal.
Embora os casos que estão se espalhando globalmente em 2022 possam causar doenças graves, a infecção geralmente desaparece sozinha.
A doença pode ser mais grave em crianças, especialmente se tiverem um estado nutricional ruim.
A vacina pode prevenir a varíola do macaco, porém, ela está atualmente em falta e sendo usada para prevenir a doença em pessoas que foram expostas ao vírus. Quando se tornar mais amplamente disponível, a vacina pode ser apropriada para proteger populações.