Italiano testa positivo para varíola, covid e HIV ao mesmo tempo
Homem apresentou vários sintomas antes de procurar atendimento médico
Um homem de 36 anos na Itália se tornou a primeira pessoa no mundo a testar positivo para varíola dos macacos, covid-19 e HIV mesmo tempo, segundo cientistas da Universidade de Catânia, que relataram o caso no Journal of Infection.
O homem, que não foi identificado, começou a apresentar febre, dor de garganta, fadiga, dor de cabeça e inflamação na virilha, após uma viagem de 5 dias para a Espanha, em junho. Ele contou que fez sexo desprotegido com homens durante esse período.
Três dias após os primeiros sintomas, em 2 de julho, ele testou positivo para coronavírus.
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No mesmo dia, ele começou a desenvolver uma erupção cutânea no braço esquerdo antes de desenvolver bolhas pequenas e dolorosas no tronco, membros inferiores, rosto e glúteos.
Em 5 de julho, ele deu entrada no pronto-socorro do Hospital Universitário San Marco, em Catania, Itália, e foi transferido para a unidade de Doenças Infecciosas. Lá, um exame revelou infecção por varíola dos macacos.
Ele também foi rastreado para várias DSTs e testou positivo para HIV. Segundo a análise dos médicos, a infecção era relativamente recente.
Homem apresentou vários sintomas antes de procurar atendimento médico
O paciente já havia feito anteriormente um teste de HIV em setembro de 2021, que deu um resultado negativo.
Uma semana depois (11 de julho), após se recuperar da varíola e do coronavírus, o homem recebeu alta do hospital e foi orientado a se isolar em casa.
Segundo os pesquisadores, o teste para varíola dos macacos ainda deu positivo após 20 dias, sugerindo que ele ainda poderia ser contagioso por vários dias após a remissão clínica.
“Este caso destaca como os sintomas da varíola dos macacos e da covid-19 podem se sobrepor e corrobora como em caso de co-infecção, a coleta anamnésica e os hábitos sexuais são cruciais para realizar o diagnóstico correto”, dizem os pesquisadores no relatório.
Eles acrescentaram: “Como este é o único caso relatado de coinfecção pelo vírus da varíola dos macacos, SARS-CoV-2 e HIV, ainda não há evidências suficientes que apoiem que essa combinação possa agravar a condição do paciente”.