Monkeypox: transmissão também pode ocorrer na ausência de sintomas
De acordo com estudo, isso poderia explicar a rápida disseminação no surto atual
Pesquisadores na França detectaram o vírus monkeypox (varíola dos macacos) em amostras coletadas como parte de exames de rotina de infecções sexualmente transmissíveis de homens em sintomas, de acordo com descobertas publicadas em 16 de agosto na revista Annals of Internal Medicine.
Das 200 pessoas assintomáticas para varíola dos macacos, 13 amostras foram positivas para o vírus. Os pesquisadores acompanharam aqueles que eram inicialmente assintomáticos e apenas dois deles mais tarde desenvolveram sintomas da doença.
As descobertas levantam a possibilidade de que a disseminação assintomática da varíola esteja contribuindo para o surto global e que a vacinação não deve se limitar a pessoas com exposição conhecida, disse o American College of Physicians em um comunicado sobre a nova pesquisa.
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“A prática de vacinação pós-exposição em anel em torno de pessoas sintomáticas com infecção provável ou confirmada pode não ser suficiente para conter a propagação”, se a transmissão assintomática estiver ocorrendo, disseram os pesquisadores.
Recentemente outro estudo, dessa vez realizado no Reino Unidos e publicado na revista científica British Medical Journal (BMJ), analisou 197 pacientes e chamou atenção para a possibilidade de transmissão entre pessoas sem sintomas.
De acordo com os autores do estudo, apenas 25% dos infectados relataram ter tido contato com uma pessoa que teve a doença confirmada, “levantando a possibilidade de transmissão assintomática ou paucissintomática (que apresenta poucos sintomas)”.
“A compreensão dessas descobertas terá grandes implicações para o rastreamento de contatos, conselhos de saúde pública e medidas contínuas de controle e isolamento de infecções”, defenderam os autores.
Sintomas de monkeypox
Os sintomas da varíola dos macacos incluem linfonodos inchados, febre e erupção cutânea que pode inicialmente ser confundida com doença sexualmente transmissível se estiver na região genital ou anal.
Embora os casos que estão se espalhando globalmente em 2022 possam causar doenças graves, a infecção geralmente desaparece sozinha.
A vacina pode prevenir a varíola dos macacos, porém, ela está atualmente em falta e sendo usada para prevenir a doença em pessoas que foram expostas ao vírus. Quando se tornar mais amplamente disponível, a vacina pode ser apropriada para proteger populações.