Estudo descobre por quanto tempo monkeypox sobrevive em superfícies
Pesquisadores avaliaram a presença do vírus em objetos domésticos tocados por duas pessoas contaminadas
Um estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos descobriu que o vírus monkeypox, da varíola do macaco, pode permanecer em superfícies de muitos objetos domésticos comuns por até 20 dias. Não ficou claro, no entanto, se as pessoas podem ser infectadas por essa via.
O estudo foi feito a partir da análise de amostras coletadas em 30 itens de uma casa onde viviam duas pessoas infectadas com monkeypox e outros familiares que permaneceram com testes negativos.
O vírus foi identificado em itens não porosos, incluindo um assento de vaso sanitário, interruptor de luz, alça de pia, corrimão e mouse de computador; objetos porosos como sofá, cobertores e espreguiçadeira. Já o controle remoto da TV dos pacientes, a maçaneta da porta do banheiro e o termostato apresentaram resultados inconclusivos.
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As descobertas lançam uma nova luz sobre o comportamento do vírus da varíola do macaco, ao mesmo tempo em que levanta questões.
O vírus monkeypox se espalha principalmente através do contato direto com lesões ou secreções respiratórias durante o contato próximo sustentado com alguém que está doente. Mais de 90% dos casos nos EUA foram associados a contato sexual recente entre homens, de acordo com outro estudo do CDC.
O vírus também pode se espalhar através de fluidos ou objetos usados por uma pessoa infectada, mas ainda não está claro o quanto a contaminação da superfície contribui para a transmissão indireta do vírus, de acordo com o estudo.
Segundo o CDC, as pessoas que visitam a casa de alguém contaminado devem se proteger “usando uma máscara bem ajustada, evitando tocar em superfícies possivelmente contaminadas, mantendo a higiene adequada das mãos, evitando compartilhar utensílios para comer, roupas, roupas de cama ou toalhas e seguindo as recomendações de desinfecção doméstica”.