‘Lesões da varíola do macaco podem não ser visíveis’, diz OMS
Confira os outros sintomas da doença para se atentar
A principal especialista em varíola do macaco (monkeypox, em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), Rosamund Lewis, disse que há casos em que as lesões na pele são quase impossíveis de se observar, o que pode dar uma falsa sensação de segurança.
Ainda segundo ela, entre os casos atuais, há uma maior proporção de pessoas com lesões mais concentradas na região genital e às vezes quase impossíveis de ver.
“Pode ter-se essas lesões por duas a quatro semanas (e) elas podem não ser visíveis para os outros, mas o portador pode ser infecioso”, explicou a especialista da OMS.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, já havia alertado para a concentração das feridas na área genital ou perianal. Em muitos casos, essas lesões foram confundidas com doenças sexualmente transmissíveis.
Como é transmitida a varíola do macaco?
Os especialistas frisam que, embora não seja uma doença sexualmente transmissível, a varíola do macaco pode ser transmitida por contato sexual, dada a proximidade com a pessoa contaminada. O mesmo que pode acontecer com a gripe ou resfriado, por exemplo.
O que se sabe é que a varíola do macaco é transmitida por gotículas respiratórias, por contato próximo com lesões, fluidos corporais, e materiais contaminados, como roupas de cama.
Sintomas
De acordo com o CDC, em humanos, os sintomas da varíola do macaco são semelhantes, mas mais leves do que os sintomas da varíola. Eles geralmente incluem febre, calafrios, erupção cutânea, além de inchaço dos gânglios linfáticos.
A erupção associada à varíola do macaco pode ser confundida com outras doenças, como por exemplo, sífilis secundária, herpes e varicela-zóster.
O período de incubação (tempo desde a infecção até os sintomas) da varíola do macaco é geralmente de 7 a 14 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.