Pandemia de varíola do macaco? Saiba o que a OMS diz a respeito
Número de casos confirmados no mundo não para de subir, e OMS diz que doença está se espalhando de forma despercebida
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é muito cedo para dizer se o atual surto de varíola do macaco (Monkeypox, em inglês) pode levar a uma pandemia.
“No momento, não estamos preocupados com uma pandemia global”, disse líder técnica para varíola do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Rosamund Lewis.
Porém, Lewis observou que o surto deve ser considerado uma “potencial emergência de saúde pública de interesse internacional” para acelerar a pesquisa sobre a doença e facilitar o financiamento para o seu combate.
Até o momento, a OMS disse que 20 países relataram mais de 250 casos.
A especialista da OMS admitiu que “ainda há muitas incógnitas” relacionadas à doença, incluindo como exatamente ela está se espalhando, mas considerou a ameaça à população em geral como “baixa”.
Por outro lado, ela pediu que indivíduos e profissionais de saúde fiquem atentos aos sintomas, destacando que, entre os casos atuais, há uma proporção maior de pessoas com menos lesões, mais concentradas na região genital e às vezes quase impossíveis de perceber.
“Você pode ter essas lesões por duas a quatro semanas (e) elas podem não ser visíveis para outras pessoas, mas você ainda pode ser infeccioso”, disse ela.
Lewis disse que não se sabe se a varíola dos macacos está sendo transmitida por sexo, como tem sido levantado.
“Ainda não se sabe se esse vírus está explorando um novo modo de transmissão, mas o que está claro é que ele continua explorando seu conhecido modo de transmissão, que é o contato físico próximo”, disse.
A varíola do macaco é conhecida por se espalhar quando há contato físico próximo com uma pessoa infectada ou suas roupas ou lençóis.
Sintomas
A maioria dos pacientes com varíola sente apenas febre, dores no corpo, calafrios e fadiga. Pessoas com doenças mais graves podem desenvolver erupções cutâneas e lesões no rosto e nas mãos que podem se espalhar para outras partes do corpo. Nenhuma morte foi relatada no surto atual.
